Um Pouco sobre os Bairros

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Bairro do Bonsucesso

Bonsucesso é um distrito da Região Norte da Grande São Paulo, e pertence ao município de Guarulhos. Limita-se a nordeste com o município de Arujá, a leste com o distrito do Sadokim, a sul com o distrito do Pimentas e Rodovia Presidente Dutra, a oeste com os distritos do Presidente Dutra e Lavras e a norte com os distritos do Morro Grande e Mato das Cobras. Segundo censo 2010, o distrito que ocupa uma área de 20,80 km² possui 93.666 habitantes, sendo o segundo mais populoso de Guarulhos. Por conta de seu tamanho e localização, o distrito do Bonsucesso possui um perfil misto entre residencial, comercial e industrial. Nos locais próximos à Rodovia Presidente Dutra, o bairro assume perfil industrial. Já as áreas dos bairros Vila Bonsucesso e Residencial Parque Cumbica – Inocoop são essencialmente residencias de classes média baixa e média. Os demais bairros são mistos de áreas comercias e residenciais. O distrito possui um “apêndice” no seu lado sul, por conta da divisão feita pela Via Dutra. Esse apêndice é formado pelos bairros Parque Alvorada, Parque Brasília, Jardim Silvestre e Jardim Albertina, que são mais identificados como sendo pertencentes ao distrito do Pimentas do que ao do Bonsucesso.

O Bonsucesso é uma das localidades mais antigas do município de Guarulhos. A história local mostra que no século XVI existiam apenas três núcleos de povoamento no atual território guarulhense, sendo eles a praça Teresa Cristina no Centro, a região dos Lavras (onde havia intensa mineração)e o Bonsucesso. Cabe ressaltar que nesta época (mais precisamente nos mapas da capitania de São Vicente) o território chamado de Bonsucesso compreendia todo o extremo leste e nordeste do município, indo da divisa com São Miguel Paulista até a Serra de Itaberaba, na divisa com Santa Isabel.

Por volta de 1670 foi erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Bonsucesso, no centro da região. Um vilarejo se desenvolveu ao redor desta capela, dando origem a Vila Nossa Senhora do Bonsucesso ou Bonsucesso Velho.

Festa de Bonsucesso e Festa da Carpição

As Festas da Carpição e de Bonsucesso são as maiores e mais antigas festividades religiosas de Guarulhos. O primeiro registro destas festas é datado de 1741, mais há quem acredite que elas sejam bem mais antigas. A Festa da Carpição consiste na carpição ao redor da Igreja de Bonsucesso em um sistema de mutirão. Ela acontece nos três dias que antecedem o início da Festa do Bonsucesso”. Existe a crença de que a terra que circunda a igreja é milagrosa. A Festa do Bonsucesso acontece durante todo o mês de agosto, atraindo romeiros de todas as partes do Brasil, principalmente do interior de São Paulo e de Minas Gerais. A festa é constituída de inúmeras missas, apresentações de artistas locais, bazar, etc. Ainda existe a peregrinação dos romeiros entre a Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso a capela de São Benedito, no mesmo bairro.

Referências 
http://www.estadomasderechos.org/upload/files/livrodebonsucesso.pdf
http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4440&Itemid=230
http://luna.guarulhos.sp.gov.br/06_prefeitura/leis/leis_download/06253lei.pdf
http://www.seade.gov.br/projetos/ipvs/municipios_pdf.php?letra=G
http://www.seade.gov.br/projetos/ipvs/mapas/Municipio/guarulhos.pdf
http://www.seade.gov.br/projetos/ipvs/analises/guarulhos.pdf
http://diocesedeguarulhos.org.br/site/index.php/271a-festa-em-louvor-a-nossa-senhora-do-bonsucesso/

 


O bairro do Bom Clima nos anos 60 e 70

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Nos anos 60, o bairro do Bom Clima era completamente mato. O local onde se encontra a sede da prefeitura era uma fazenda em que crianças pulavam cerca para roubar frutas e correr dos zeladores.

O nome Bom Clima se deve, provavelmente, a localidade do bairro: no alto de um vale, rodeado de mata nativa, cujo ar era excelente para respirar. Clima comum na Guarulhos antiga, antes de aviões cruzando os céus e carros poluindo os mesmos.

Naquela época havia três ou quatro casas e um armazém que abastecia a região. Existia também uma mina de água, conhecida como Mina Nossa Senhora da Conceição, que fornecia água abundante aos moradores.

Não havia ruas, muito menos asfaltamento. As casas eram ligadas por trilhas. Segundo um morador da época, seu Orlando Alves dos Santos, “Era tudo escuro e mato, asfalto e iluminação veio agora (1990). Ônibus a gente tinha que pegar lá na Marília, na Avenida Monteiro Lobato que naquele tempo era apenas uma ruazinha.”

Além de lagos, havia muitos campos de futebol, a diversão barata e popular dos mais pobres. Um dos times mais conhecidos era o Fliper. O time jogava em um campo onde funciona hoje o HMU.

A partir dos anos 70, o bairro cresceu muito com os loteamentos e a chegada da prefeitura. Foi neste momento que o Bom Clima revelou também outra tradição do bairro: o samba.

A escola de samba Independência do Bom Clima que se sagrou campeã nos carnavais de 1983, 1985 e 1987. Frequentada por sambistas da região, a escola foi a coqueluche na época.

O bairro, apesar dessas memórias valorosas, é relativamente jovem perto de outras localidades da cidade. No ponto de vista de bens patrimoniais edificados, o casarão na antiga fazenda é um que está preservado, ainda não tombado. Chama atenção também o prédio da Cúria Metropolitana, inaugurado em 1980, localizado na região.

Também onde funciona a sede da prefeitura de Guarulhos, está o localizado o Parque JB Maciel, em homenagem ao repórter fotográfico morto em junho de 2005. De lá se tem uma das melhores vistas de Guarulhos.

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Autor: 
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O bairro do Itapegica e sua vocação industrial

Industrialização em Guarulhos

O Itapegica é um dos bairros mais antigos de Guarulhos. Além do significado indígena (Ita=Pedra – Gica=Grande), o bairro esteve associado ao processo de desenvolvimento industrial da cidade. Sobre a tal pedra, alguns moradores fazem menção a muitas outras pedras que existiam na região.

A localização do bairro incrustado entre as duas rodovias, Dutra e Fernão Dias, foi ideal para implantar-se a indústria no território.

Foi nesta região que em 1919, Guiseppe Saraceni e família se instalaram próximo a avenida Guarulhos, caminho para o bairro da Penha. No porão deste casarão, funcionou a primeira indústria de sapatos e artefatos de couro que fornecia para o Segundo Batalhão de Guardas de São Paulo que ficava localizado no centro da capital paulista.

Durante muito tempo, pertencente à arquitetura do bairro, o casarão compunha juntamente com as casas dos trabalhadores da fábrica, um importante conjunto urbano operário. Não foi a toa que a casa seria tombada em 2000, depois de pertencer a Olivetti. Abandonada pelo proprietário e pelo poder público, o casarão seria destombado em 2010, quando a cidade completava 450 anos.

Voltando um pouco para trás, foi na década de 1950 que chegaram outras indústrias como a Serralheria Pompeo e a empresa Cindumel. Mas seria a Indústria de Máquinas de Escrever Olivetti e a Phillips do Brasil que marcariam para sempre presença na memória espacial e afetiva dos moradores do Itapegica. Inclusive na imagem escolhida para ilustrar este texto, indicamos a construção das duas fábricas na região no alto da foto, tendo a rodovia Dutra como divisora. Isto no ano de 1958.

Além de serem multinacionais, estas empresas vão ser responsáveis pela construção dos primeiros complexos industriais de Guarulhos. Contando com uma parte de moradores de Guarulhos e sob uma direção que convidava os funcionários a aderirem à empresa quase como uma família, as duas empresas abririam o processo intenso de desenvolvimento industrial pelo qual a cidade passaria a partir da década de 1960.

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